Max Romeo, lenda do reggae, morre aos 80 anos na Jamaica
O cantor e compositor Max Romeo, uma das vozes mais emblemáticas da história do reggae, faleceu nesta sexta-feira (11), aos 80 anos, em decorrência de complicações cardíacas. A informação foi confirmada por sua filha, a cantora Xana Romeo, em entrevista ao portal Dancehall Mag. O artista estava internado em um hospital particular localizado em St. Andrew, na Jamaica.
Em declaração emocionada, Xana pediu respeito ao momento de luto da família: “A família está arrasada neste momento. Meu pai, Maxie Smith, não está mais nesta dimensão, não está aqui para que eu possa falar com ele, mas ele continua vivo. A família está de luto e pede privacidade neste momento.”
Nascido Maxwell Livingston Smith em 22 de novembro de 1944, na comunidade de St. D'Acre, em St. Ann, Max Romeo iniciou sua carreira musical em 1965 como integrante do grupo The Emotions, ao lado de Lloyd Shakespeare, irmão do lendário baixista Robbie Shakespeare. Seu reconhecimento como artista solo veio em 1968 com o lançamento da polêmica e bem-sucedida canção “Wet Dream”, que alcançou destaque no Reino Unido e impulsionou seu álbum de estreia, A Dream.
Durante a década de 1970, Romeo consolidou seu lugar na cena do roots reggae, com forte engajamento político e social em suas letras. Sua parceria com o produtor visionário Lee “Scratch” Perry resultou em obras históricas, como o álbum War Inna Babylon (1976), que inclui clássicos como “Chase the Devil” e “One Step Forward”. A primeira foi amplamente sampleada por artistas internacionais e segue como um marco da música jamaicana.
Max Romeo manteve sua relevância ao longo das décadas, influenciando gerações de músicos e expandindo a mensagem do reggae por diferentes continentes. Sua carreira inclui turnês internacionais e colaborações que reforçam seu papel como embaixador do gênero.
Seu legado permanece vivo por meio de sua discografia e da continuidade artística representada por seus filhos, como Xana Romeo, que também trilha carreira na música reggae.
Autoridades jamaicanas e colegas de profissão lamentaram a perda e destacaram a contribuição histórica de Max Romeo para a cultura do país e para o cenário musical global. O Ministério da Cultura da Jamaica ainda não confirmou se haverá homenagens oficiais.
