Letra e Música
[ Um Novo Tom - Rashid & Péricles & AJULIACOSTA ]
Eu fiz uma promessa de mãos vazias, eu não posso voltar, não
A onça me apresse, porque demônios têm visitado meu endereço
Mal me reconheço quando olho no espelho
Mas existe algo nesses olhos vermelhos
Que nenhum pilantra foi capaz de tirar
Mal me reconheço quando olho no espelho
Mas existe algo nesses olhos vermelhos
Que nenhum covarde foi capaz de tirar
Só não quer melhor a quem nasceu melhor
Quem não viu embora, toda chance é fora o seu redor
Quando apavora o ser humano, aflora o seu pior
E Deus canta a rola triste, um blues que chora em tom menor
Aí, já quis trocar o café pela cicuta major
Morte é uma gruta, trilha que sepulta, eu sei de cor
Põe na minuta, minha luta invoca X bem pior
Morrendo ano após ano, contra a dispo é o pior
Umas moedas pra semana, Itália
Freestyle aprendi com a minha mãe, rima foi só um detalhe
O dó, o corpo uma caló, e a mente a CVO da Harley
Mas se alimentar de amor, nem a família male
Imagina a sua, a piada da rua, a pior casa da quadra
Cem contos de réis, que tal?
Cem contos de fada, disseram
Pega o que cê tem e põe na ponta do lápis
Eu pus a raiva e o sonho
Que a conta não fechava, não vem número, só letra
Pensei que era física, eu igual MC ao quadrado
A fórmula lírica, na era em que os rappers seriam melhores de mime
Que escrevia até que entre a grana e eu rolasse uma química
Eis o meu Ikigai, fiz a onda
Roku sai, pra quem já viu barraco um dia vê barroco
Aos poucos sai desse sufoco, ói
Maturidade é construção, pra não virar flamboy
De quem ostenta e não paga pensão, cuzão
Eu fiz uma promessa, de mãos vazias
Eu não posso voltar, não
Balança minha prece, porque demônios tem visitado meu endereço
Mal me reconheço quando olho no espelho
Mas existe algo nesses olhos vermelhos
Que nenhum pilantra foi capaz de tirar
Mal me reconheço quando olho no espelho
Mas existe algo nesses olhos vermelhos
Que nenhum bobagem foi capaz de tirar
Ei, ei, ei, ei, ei, ei
Ei, ei, ei, ei, ei, ei
Dentro de mim existe a vontade de ter tudo que eu não tive
Cê não entenderia
Eu não volto pra casa de mão ou mente ou vazia
Filha, eu sonhei com isso dia após dia
E não me questionei se era ou não uma utopia
Não espero que me salvem, querida
Eu levanto e ando com bom ânimo
Aqui na terra tudo é momentâneo
Nem todo dia é fácil, mas ficar puta é pior, baby
Então vamo, ei
Assim que uma guerreira se levanta
Inconformada com tudo, querendo mudar o mundo de fato
Ó, onde não há questionamento é onde há conformidade
É aí, baby, que eu não me encaixo
Eu jurei pra mim e em frente a espelho
Ninguém faz o que quiser comigo
Nós é bom, mas não é otário
E a vida segue me testando pra não se apegar em nada
Porque nada aqui é meu de fato, ok
Senhor, já tenho mais do que já tive em toda vida
E sigo vivendo pra cumprir com a minha grande obra
Que os falsos caem, que a pilantragem não prevaleça
E que eu cumpra a promessa, não importa o que aconteça
Eu fiz uma promessa de mãos vazias
Eu não posso voltar, não
Maionsa, me apresse
Porque demônios têm visitado meu endereço
Mal me reconheço quando olho no espelho
Mas existe algo nesses olhos vermelhos
Que nenhum pilantra foi capaz de tirar
Mal me reconheço quando olho no espelho
Mas existe algo nesses olhos vermelhos
Que nenhum covarde foi capaz de tirar